Páginas

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Memórias de um velho esquecido

Oi pessoal vou dar continuidade ao projeto histórias.

     Olá meu nome é Gordon Menstein a seguir contarei a vocês um pouco de minha tão curta vida,registrei cada momento nesses relatos que se encontram hoje esquecidos em meu diário.
      Comecei a ter gosto pela leitura e escrita por causa de minha mãe Eva uma mulher adorável e caridosa ela e meu pai tinham um casamento muito rico e raro de se encontrar,se amavam muito,costumava minha mãe dizer que o amor dela pela família ultrapassaria os limites da compreensão humana, que esse sentimento perduraria e vagaria pela eternidade,Eva me deu meu primeiro caderno aos 8 anos de idade lembro me de minha mãe dizendo que este caderno seria para registrar memórias,sentimentos e até experiências ela também dizia que a escrita liberta a alma do artista e abre a sua mente para que crie seu próprio mundo,desde então comecei a escrever nele.
         
               CAPÍTULO 1: MARCUS

     25 de Outubro de 1947,Polônia
     
      " Querido diário hoje é o primeiro dia que escrevo em você,quero que saiba que meu nome é Gordon Menstein e tenho 8 anos,minha mãe Eva disse me que deveria descrever meus dias e sensações ou simplesmente escrever  o que tiver vontade em você.Hoje fui ao meu primeiro dia de aula nosso país ainda se recupera por causa da guerra mas estamos andando, progredindo,hoje fui a escola Professor Inácio Mulkov Vladisnk nome longo para uma escola não,descobri que adoro escrever e conversar com outros garotos lá conheci Marcus um menino muito legal,jogamos futebol no intervalo e ficamos provocando as meninas para que elas saissem correndo atrás de nós que nem loucas,minha professora dona Lola disse que a classe deveria escrever um pequeno texto com o tema" Vocês são felizes?"adorei o tema pois tinha muito coisa a dizer e minha resposta perante a isso foi que sim,mesmo diante das dificuldades em que vivo meu texto foi o melhor de todos os terceiros anos,Lola minha professora falou para mim que eu deveria escrever mais e me aprimorar nos dialetos. Voltando da escola Marcus vinha junto comigo estávamos conversando até que me despedi dele e entrei em casa,mamãe estava cozinhando meu prato favorito carne assada com batatas eu realmente estava faminto fui á meu quarto troquei minhas roupas e fui falar do meu dia incrivel a minha mãe, meu pai estava na sala lendo o jornal passei por ele,e ele falou comigo havia perguntado como tinha sido meu primeiro dia de aula disse a ele tudo que aprendi e inclusive o meu desempenho notável na redação,ficou muito orgulhoso de mim depois fui falar com mamãe!!!! 
  Até amanhã querido diário!!!!
     Que tenha uma boa noite!!!!

Naquele mesmo dia que comecei a escrever em meu diário,a noite ouvi meu pai conversando sobre seu emprego e que as coisas haviam de ficar complicadas,na realidade meu pai estaria prestes a perder seu emprego no dia seguinte pois com o avanço tecnológico as pessoas foram substituidas por máquinas meu pai se chamava Alfred e trabalhava na fábrica de tecidos.


       CAPÍTULO 2: AS DEPRESSÕES

     26 de outubro de 1947

" Bom dia querido diário,ontem a noite aqui em casa foi turbulenta pois meu pai estava muito nervoso por causa das máquinas lá no serviço dele,acho que as coisas vão ficar feias.
     Mais um dia de aula estou ancioso para ver meu amigo Marcus pois gostaria de conversar com ele perguntar lhe se sabe alguma coisa a respeito da fábrica de tecidos pois tanto seu pai e sua mãe trabalhavam na mesma fábrica que meu pai,naquela manhã encontrei-o chorando sentando na calçada perguntei a ele o que tinha acontecido ele me disse que ouviu seus pais conversarem á respeito de uma crise na fábrica e que talvez houvessem algumas mortes por causa disso, queriam fazer um protesto junto ao sindicato de trabalhadores e que tinha medo de que seus pais falecessem no meio do protesto,no mesmo instante em que Marcus me disse isso pensei" Será que meu pai irá participar disso,espero que não".
   Chegamos a escola e parece que esquecemos disso voltamos a sorrir e a jogar futebol com os outros meninos e claro colocar em prática nossa missão de nunca deixar as meninas em paz,como me divirto provocando as ai cristo.Mais um dia de aula chega ao fim,retornando para casa passaram por mim dois homens falando que estava acontecendo alguma coisa na fábrica de tecidos,eu e Marcus voltamos correndo para nossas casas.
   Entrei em casa correndo e me encontrei com minha mãe chorando sentada ao lado da lareira,com a fotografia de meu pai em suas mãos perguntei a ela o que havia acontecido ela me respondeu que meu pai foi confudido com um dos líderes do protesto e que a polícia havia o matado por engano,foi um choque tremendo para mim desde então as coisas mudaram de água para pedras".
  
    A morte de meu pai foi um choque tremendo para mim e minha mãe,Eva caiu em depressão,sua mente ficou vaga,seu rosto envelheceu parecia que sua alma havia abandonado o corpo,estava pálida e só chorava,nesse momento eu era a única coisa que a impedia de um suicídio anunciado,estava com muito medo pois só tinha oito anos e  meu amigo Marcus perdeu seus país e como não tinha parentes foi morar em um orfanato na época pedi a  minha mãe para adota-lo via nos jornais do meu pai que orfanatos eram moradias de estupradores e que se aprendia o que não presta,perdi o meu pai não queria perder o meu melhor amigo e não queria mesmo.
   Com toda a repercussão que o caso da fábrica teve por um golpe do destino Marcus veio morar  conosco passei a me animar,chorava menos pois ele também compartilhava da nuvem negra que cobria minha casa estávamos todos juntos nesse barco.
   Anos se passaram,minha mãe veio a falecer quando completei 18 anos morreu de tanta tristesa acredito eu  desde então passei a viver eu e Marcus tínhamos a mesma idade eu queria ser escritor e Marcus politico.Nunca deixei de escrever em meu diário já colecionava vários caderninhos. Todas as vezes que acabava um caderno e que iria iniciar um outro sempre começava do capítulo 1.
   
      CAPÍTULO 1: UM NOVO MUNDO

     28 de outubro de 1957

" Querido diário hoje estou muito contente pois arrumei meu primeiro emprego,irei trabalhar em uma farmácia aqui perto de casa,um trabalho simples mais que darei meu melhor. Conheci hoje uma linda garota chamada Flora seus olhos eram castanhos claros e sua pele era branca como a neve,chamei-a para sair e nossa pela minha surpresa ela aceitou.fomos a um cinema e depois á um piquinique no parque foi maravilhoso no meio disso tudo nos beijamos e agora estamos namorando.
     Puxa, estou muito feliz Marcus namorava Victória uma linda menina também mais claro que a minha Flora era bem mais bonita,Marcus se formou em direito e começou a trabalhar no cabinete do prefeito e logo foi ganhando a simpatia do povo e em 29 de outubro foi eleito o prefeito,desde então as coisas começaram a ficar feias pois o antigo prefeito não gostava de modo algum de Marcus e tentou mata-lo mas graças aos céus ele sobreviveu e o prefeito antigo foi preso e condenado a morte por cadeira elétrica,fomos a sua execução e vi a alegria nos olhos de Marcus ao ver ele fritar em uma cadeira". Fiquei assustado com a coisa toda houve muito gritos antes de começar a execução tampei os ouvidos de Flora,ela foi comigo e garanto que foi bastante traumatizante.
  
   CAPÍTULO 2: SORTE

29 de outubro de 1957

  " Não começarei com um bom dia,pois não foi, hoje fui ao trabalho e a noite sai com Flora,fiquei sem notícias de Marcus o dia inteiro. sua namorada Victória foi a farmácia saber se eu sabia do paradeiro de Marcus ela estava com medo pois Marcus estava com propósitos que poderiam causar uma revolta.
  Ela me contou que ele queria destruir a fonte mais rentável da cidade a fábrica de tecidos,queria destruir todos os sindicatos,todas as normas e direitos,Victória me contou que a noite ele havia falado para ela que seu pai,sim o pai de Marcus já falecido havia conversado com ele e que era para ele derrubar aquela indústria,desejava mudanças e acima de tudo vingança.
  Fui a casa de Flora e todos saímos a procura dele andamos em todos os lugares possíveis mas nada dele,fomos a casa da secretaria dele e ela nos informou que ele não foi trabalhar estávamos começando a ficar preocupados,decidimos partir para um vilarejo próximo chamado Voisske pegamos o carro de Victória e saímos voando,ao longo do caminho pegamos a estrada 5 e como se fosse um chamado achamos o carro do prefeito encostado na beira do caminho,paramos o carro e entramos pela mata a noite apenas com uma lamparina mas por sorte caímos no vilarejo e logo de primeiro contato vimos Marcus saindo com caixas,mas me surpreendeu pois as caixas eram de explosivos,ficamos escondidos na mata vimos ele entrando no carro e partiu saímos logo atrás.
   A noite foi muito longa e precisávamos descansar.Voltamos á Polônia.

Mal sabíamos que Marcus realmente planejou explodir a indústria têxtil,mais isso foi o apenas o começo do caos.Um dia se passou e no dia das bruxas foi onde registrei meus últimos momentos.

    CAPÍTULO 3: SISTEMA POLÍTICOS

   31 de outubro de 1957

   " Talvez hoje seja meu último dia de vida e meu último relato neste diário,depois de uma noite de amor com a mulher de minha vida sabia que precisava conversar com Marcus e contar-lhe o que vi em Voisske,fui ao gabinete.
   Chegando a prefeitura fui conversar com Marcus,e ele me disse coisas primeiramente ficou revoltado por termos ido atrás dele,o que descobri foi que naquela mesma noite Marcus invadiu a fábrica e plantou os explosivos nela.Logo falei a ele:
  - Você está louco homem,irá matar milhares de pessoas futuras mães e pais é isso o que quer Marcus? seus pais não foram os únicos a morrer naquele protesto.
  - Como assim Gordon? Você não anseia por vingança  amigo e irmão,devo lhe muito mas me tornei um político para ter acessos ilimitados as fábricas e investimentos daqui tenho consciência de que essa indústria movimenta nossa amada Polônia,porém precisam pagar pelo que fizeram a injustiça prevalece nas entranhas daqueles prédios,meu dever é extermina-la pois para grandes mudanças precisamos de muitos sacrifícios.
 - Mais existem mais de mil funcionários pretende mata-los por um motivo do passado?
- Claro que sim!!! ninguém teve pena de mim ou de Eva ou até mesmo de você,quando criança aprendemos a ser adultos já que sua mãe definhava na tristeza profana e no álcool,lembra-se disso meu caro irmão? acho que sim pois devemos destruir o que nos fez tanto mal.
 - Os tempos são outros Marcus e me diga como fica Victória?
 - Hahahah aquela vadia de merda na mesma noite em que perseguiram ela foi ao meu encontro,brincamos um pouco e logo depois cortei a jugular dela,tão linda a cor do sangue em lençóis brancos peguei seu corpo e joguei no rio!!!! devem acha-la em breve e eu supostamente deverei chorar pelo meu coração partido.
- Como pôde fazer isso? vou chamar a polícia......
- Palhaço você meu irmão,eu comprei a policia.
  E num golpe rápido Gordon meu deu uma coronhada,acordei amarrado junto a Flora dentro da fábrica,depois de horas Flora se soltou e pedi á ela que fugisse e que terminasse essa memórias; com muita tristeza sabia que aquele era a última vez que veria minha amada Flora.Amarrado a cadeira ainda tentando me soltar Marcus aparece em meio as sombras com o detonador em sua mãos.
  Para minha aflição Flora não me deixou ficou escondida,Marcus disse que eu era parte de seu problema e que ambos terminaríamos aquela noite,depois de se sentar no chão Marcus começou a rir que nem um maníaco falando que nada mais o dominaria e que ele seria lembrado na história. Das sombras surge Flora,Marcus a vê vai para cima dela porém Flora era muito inteligente ela havia ido lá fora pego um pedaço de pau,e no calor do momento ela o acerta na cabeça ele cai desorientado pelo chão, ela me solta e saímos correndo,entramos no prédio avisando á todos que iria acontecer uma explosão e que todos morreriam,ninguém acreditou fomos expulsos a base de violência por seguranças porém o que eles me disseram ficou em minha mente bagunçada foi a seguinte frase:
  ERAS VENHEM E VÃO MAIS A INDÚSTRIA NUNCA CAI,UM DEUS SUBTERFÚGIO A SEU PODER ILUSÓRIO NÓS SOMOS OS PEÕES E FAZEMOS NOSSO SISTEMA.
   Ao final da frase o prédio explodiu causando a morte de 3 mil funcionários.

 40 anos depois,Gordon  casado com Flora e ambos nunca esqueceram aquele dia das bruxas onde viram que a força do ser humano pode ser pior que armas biológicas ou bombas,bastava ter uma mente e incentivo para ter sangue até na alma. Vivi mais tempo que pretendia,escrevi aqui que seria minha última lembrança,mais não foi porém com a morte de Marcus havia morrido uma parte de mim.
        Gordon trabalhou a vinda inteira em farmácias montando sua própria rede denominando-se a rede almas salvas,depois de virar chefe de indústria aprendeu muito sobre economia e administração virando um grande magnata dos negócios.Gordon ficou viúvo Flora foi vitima do câncer e Gordon encontrou seu fim em um acidente de carro logo após a morte da esposa. Espero que um dia alguém ache esses escritos e percebam minha segunda paixão a escrita,quando acharem que sintam a morte em suas entranhas.

 TODOS OS PERSONAGENS E FATOS CITADOS NA HISTÓRIA ACIMA SÃO PURAMENTE FICTICIOS.
    

   
   
   
    


   

Nenhum comentário:

Postar um comentário